O Porquê

Eu creio no Senhor Jesus, o Messias de Deus, autor e consumador da minha fé, que veio dos céus, viveu e morreu em carne, ressuscitou dos mortos, subiu aos céus e está assentado à destra do Poder de Deus (1Jo 4:2-3).

Anseio que o conteúdo destas páginas alcance as almas sedentas pela Verdade. Que tudo seja feito para a honra e glória do Senhor Jesus, cujo nome é digno e único de ser exaltado.

Que cada leitor possa crescer cada vez mais no conhecimento da Verdade e ser fortalecido no espírito, sempre buscando ser mais agradável ao Senhor.

Muitos que lerão estas páginas, não são “cristãos” e precisam ser convencidos de que são pecadores, pela ação do Espírito, e venham a ser almas convertidas para o Senhor, porque eles precisam urgentemente nascer do espírito, alcançar a promessa da tua salvação. O Evangelho é o único meio capaz de persuadir e converter a alma. Ele é a Salvação para todos os que nele creem (Rm 1:16).

Muitos, ainda, são “cristãos”, evangélicos, mas não conhecem ao Senhor Jesus. Esses precisam de um avivamento do espírito, pela ação do Espírito, com a renovação da mente carnal para a espiritual, para que o gozo do Senhor seja completo e seu nome glorificado.

Que o Senhor realize este milagre de salvação, enquanto faz de mim um instrumento em suas mãos.

Que a paz e o amor da parte de Deus Pai e da parte do Senhor Jesus, sejam em nossos corações e abundem em nosso ser, para a honra e glória do Senhor.

Que, acima de tudo, o nome do Senhor, somente, seja exaltado, louvado, santificado e glorificado.

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Este livro trata do óbvio. Nada aqui será novo ou inédito. Tudo já foi dito pelo nosso Senhor, no seu Evangelho e esclarecido pelo Espírito, por meio dos apóstolos.

Devíamos já ser mestres, mas ainda necessitamos que nos seja ensinado os primeiros rudimentos das palavras de Deus. Lamentavelmente, ainda estamos nos alimentandos de leite, em vez de alimento sólido (Hb 5:12). Temos nos feitos negligentes ao ouvir. Estamos cegos, surdos, faltos de entendimento e doentes. Com corações endurecidos nunca ouviremos a Palavra e nunca receberemos a cura (At 28:26,27; Jo 8:43).

A mensagem inicial de nosso Senhor nunca foi tão atual como urgente: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” (Mt 4:17).

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Um livro é composto de palavras. Porém, palavras saem facilmente da boca e não custam nada. O reino de Deus, por outro lado, não consiste de palavras, seja falada, seja escrita, mas daquela que sai da boca de Deus (1Co 4:20).

Palavras ditas por homens não são confiáveis, pois podem ser usadas para persuadir e convencer a mente carnal, fraca espiritualmente. Além disso, não constroem e não produzem nada duradouro, eterno; apenas uma imagem mental que acaba sendo momentânea e passageira, fadada ao esquecimento ou à indiferença.

As palavras desse livro ou de qualquer outro livro, incluindo a bíblia, não têm o poder que somente a Palavra de Deus, o Verbo, tem.

Uma ideia ou pensamento que emerge em nossa mente e é expressa em palavra dita ou escrita não é propriedade nossa, porque não somos nós a fonte produtora; apenas a receptora e transdutora. A nossa mente apenas recebe e converte a informação da realidade espiritual e material, em uma forma compreensível a nosso intelecto, dentro da realidade impressa em nossa consciência, para que a possamos compreender.

A fonte original é espiritual, pois se encontra no reino espiritual. A manifestação exterior, materializada, quer seja por meio da fala, da escrita, de imagem e pintura, encontra-se no mundo material, terreno. E como tudo neste mundo é limitado, o que recebemos dificilmente pode ser plenamente transmitido. É neste momento que precisamos da interseção do Espírito de Deus.

A mente humana é um canal que pode ser usado para a comunicação com o espiritual. Deus usou este canal por meio dos seus profetas, assim como o maligno o usa por meio dos seus. Os profetas de Deus nos fazem conhecer a vontade de Deus, por meio do seu Espírito, enquanto que os profetas do adversário nos fazem conhecer a vontade do maligno, por meio da volubilidade humana.

A santidade é a característica presente naquele que manifesta a vontade de Deus. A carnalidade é a característica naquele que manifesta a vontade do maligno.

Para que possamos reconhecer quem é o instrumento de Deus e quem é o instrumento do mal, lembremos o que Jesus nos disse: “pelos frutos conhecereis a árvore” (Mt 7:15-23).

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Muitos temas serão abordados aqui, alguns não sendo de vital importância para a salvação da alma. Ninguém será mais ou menos pecador, ou será mais ou menos santo se concordar ou não com eles. Eles apenas abordam as diversas formas de adoração que encontramos no mundo cristianizado.

Há alguns temas, porém, que considero de extrema importância para a salvação da alma, pois tratam sobre as falsas doutrinas e revelam o desconhecimento do Reino de Deus, por parte daqueles que pretendem adora-lo.

Por causa do comportamento que falsas doutrinas modelam no povo dito “cristão”, muitas almas estão sendo desviadas do Caminho, levadas à morte espiritual, e o nome do Senhor Jesus tem sido blasfemado entre os ímpios (Rm 2:24). Elas, os estão afastando da salvação que há em Cristo.

Não espero te influenciar, mas promover o questionamento. O Espírito de Cristo é quem irá agir e trabalhar no teu coração enquanto ler estas páginas, ampliando o entendimento para compreender a perfeita vontade de Deus.

Desejo com minha atitude e iniciativa, apenas alcançar almas para o Senhor, levando-as ao conhecimento do seu Evangelho, buscando, assim, mesmo que não plenamente, o cumprimento da minha missão.

Sou um pecador que precisa, sempre, vigiar, entender a verdadeira comunhão com o Senhor e não subestimar a influência maligna da minha natureza humana. As armas do maligno são poderosas para perverter o espírito do homem e leva-lo ao erro.

Que o Evangelho de Cristo e a unção do seu Espírito, sejam os nossos guias, os nossos referenciais absolutos.

Todas as coisas foram feitas por ele e sem ele nada do que foi feito se fez (Jo 1:1).

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