Amado irmão. Prezado leitor.
Que esta análise mostre o quanto as almas estão distantes da verdade e as faça voltar para o verdadeiro Evangelho, aquele do princípio, da origem, que não foi escrito, reescrito, ou inventado pelo cristianismo.
Não deveria ser assim, pois já deveríamos ter deixado os rudimentos da doutrina do Senhor e avançado para níveis mais excelentes, no entendimento do Evangelho e dos mistérios que ainda não nos foram revelados. Sabemos que muitos destes mistérios não nos cabe serem revelados, porém, outros precisam ser, aqueles que se referem ao Evangelho e à vinda do Senhor (Mc 4:11).
São estas práticas religiosas que expõe o nome e os ensinamentos de nosso Senhor Jesus ao vitupério, ao ridículo, promovendo o declínio da fé cristã, o crescimento de outras filosofias e religiões pelo mundo afora e a dureza de coração daqueles que não mais acreditam na existência de um único Deus Criador.
Porém, a justiça de Deus é imutável e não permite ser manipulada ao bel prazer humano. Ela sempre prevalece.
Vivemos uma realidade que demonstra estarmos em um mundo à beira do seu fim, evidenciando sinais de que o Senhor está à porta.
De seus escolhidos ele espera a perseverança em manter a fé do primeiro amor até o fim, continuando na busca das últimas ovelhas do seu rebanho.
Assim como ele reagiu frente à hipocrisia religiosa de seu tempo, assim devemos reagir contra este movimento filosófico-religioso criado pelo homem. O inimigo continua sendo espiritual; a batalha continua sendo espiritual, as armas ainda são as mesmas, espirituais.
Portanto, se aqui e em todo o lugar, eu não apresentar este questionamento, estarei demonstrando minha cumplicidade, minha conciliação, meu acordo, minha conformidade com esse mundo malignamente religioso, vazio de fé e de Verdade, mergulhado no erro e na iniquidade, atributos próprios do reino deste mundo.
Não sou líder ou autoridade religiosa e não exerço qualquer posição eclesiástica. Não sou religioso, do tipo vinculado a, ou apoiado por uma denominação religiosa.
Não sou membro de, e não frequento regularmente a uma igreja, pois considero o tempo que passo sentado num banco, um tempo ocioso, improdutivo e egoísta.
Ocioso porque nada é realizado além de se estar, comodamente e confortavelmente sentado, cantar e ouvir discursos.
Improdutivo porque não há resultado, sequer crescimento espiritual, ao participar de num programa de entretenimento.
Egoísta porque visa apenas satisfação pessoal, corroborada por uma mensagem de autoajuda ou alteração do estado emocional.
Não passa de um momento de entretenimento, de show teatral com música e dança, e de palestras de elevação da autoestima. A sensação de alívio e bem estar emocional que se sente após aquele momento é o que leva a acreditar que houve satisfação espiritual. Infelizmente, estamos sendo enganados, permitindo ser enganados e enganando a nós mesmos.
A comissão que recebemos do Senhor Jesus, num sentido totalmente oposto, foi para levantarmos da poltrona e sair porta afora, permitindo o encontro com as almas que ele nos trouxer, no lugar em que ele nos levar, no tempo e na hora que a ele aprouver, conforme a sua palavra que ele puser em nossa boca, para anunciar o seu Evangelho até os confins da terra. (Mt 22:9; Mt 28:19-20; At 1:8).
Sou um estudante do Evangelho de Jesus, nosso Salvador, confesso. Quando tenho uma dúvida ou questionamento vou direto à fonte, em busca da resposta. Ela sempre chega, quase sempre fragmentada e aos poucos torna-se completa.
Não sou seguidor de filosofias ou ideologias. Meus princípios não são fundamentados em crença, com base em livros, histórias, tradições ou testemunhos humanos, pois são frutos de uma imaginação inserida no contexto do pecado, sendo, portanto, limitada, tendenciosa e parcial. Muito menos segundo os princípios da consciência humana, mas segundo os princípios do Evangelho ensinado por Jesus, o Salvador, e não o evangelho dos homens.
Não sou seguidor de, ou obediente a homens. São todos iguais a mim.
O Senhor Jesus é o meu Pastor, o meu exemplo de ser humano e divino, meu Mestre e Guia espiritual. Ele é meu Senhor, meu Salvador e meu Deus. Ele é o meu pai, minha mãe, meu irmão e amigo. Ele me comissionou a ser um mestre como ele. Assim como ele é, eu também devo ser, porque eu estou nele.
Não sou capaz de dar vida ao morto, visão ao cego, ao surdo fazer ouvir, levantar o paralítico, restabelecer a saúde ao doente, perdoar pecados, dar a paz de espírito ao aflito, vencer a morte, discernir e revelar o coração do homem, dar a vida eterna.
Estando nele, porém, vou executar todas estas coisas, porque não serei eu quem as realizará, mas, sim, ele, usando o instrumento disponível e disposto que está à sua mão.
Sou um pecador que foi remido pelo Seu sangue, e persevera para a salvação da alma, buscando o viver pelo Espírito Santo de Deus.
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Não sou escritor e não almejo tornar-me escritor de livros.
Porém, dois aspectos têm de ser considerados quando lemos um livro.
Primeiro, não se pode interromper o autor para expor a nossa opinião e somos obrigados a “ouvi-lo” até o fim, quando não abandonamos a leitura. Se você fosse me interromper toda vez que discordasse do meu ponto de vista, certamente eu não conseguiria terminar de escrever este livro. Sugiro que o leia até o fim, tome nota de suas observações e questionamentos e aguarde pela resposta que poderá estar aqui, mais à frente, ou a caminho, por meio de revelação que o Espírito lhe dará.
Assim como acontece, quando perguntamos a Deus, a resposta vem, porém sempre de forma fragmentada. Precisamos meditar no que recebemos, considerar o conteúdo e contexto, comparar com referências fiéis. Principalmente, dar tempo para que o quebra cabeça seja montado na sua compreensão.
Como alguém, em um filme, não lembro qual, já disse, “meditar é incomodar os pensamentos [1]”. E bem aventurado é aquele que medita na lei do Senhor de dia e de noite (Sl 1:2; Js 1:8).
Medite e persevere na busca da compreensão, para permitir que o Espírito te ensine e te encaminhe para a resposta final, completa e plena. Quando isto acontece somos cheios de gozo, de alegria, de satisfação espiritual. Esta sensação não vem de fora para dentro, mas de dentro para fora.
O segundo aspecto é que eu tenho todo o tempo para expor o que eu quero transmitir para você. Se estivéssemos numa conversa pessoal, isto não seria possível. Invariavelmente, estaríamos interrompendo a conversa a todo o momento e, provavelmente, nunca chegaríamos a um consenso. Você acabaria recebendo um conteúdo mínimo, sem uma sequência que te levasse a uma compreensão edificante. E eu ficaria terrivelmente frustrado, sentindo como não tendo obedecido a orientação do Espírito.
Que o Senhor permita a você dar uma chance para mim e para você, pelo Espírito.
Estou aberto à discussão e me coloco à disposição para tratar, em particular, de cada assunto mal-entendido. Tenho certeza que a tua participação e a tua visão, só virão a enriquecer o entendimento mútuo, tornando os conceitos muito mais completos e profundos, mais próximos da Verdade. Afinal, ninguém é o dono dela, pois a Verdade é Deus e ninguém é capaz de compreende-Lo, ou dominá-Lo.
Antes de pensar em escrever este livro considerava a bíblia sendo suficiente para cumprir a missão de esclarecer e guiar o ser humano pelo caminho da Verdade. Tinha a opinião formada de que, se eu era capaz de compreender a mensagem do Evangelho, todas as pessoas tinham a mesma capacidade, pois não se tratava de capacidade humana. Se Deus pode esclarecer minhas dúvidas, também poderia esclarecer as dúvidas de outras pessoas.
Também achava desnecessário ler outros livros. Sempre fui contra os escritores de livros “cristãos”, pois considerava que estavam apenas tomando posse de um conhecimento que não era originalmente deles e os utilizando para o seu benefício próprio, visando a promoção e o lucro.
Se considerarmos o preço dos livros, não estou exagerando na minha suposição. Afinal, muitos buscam proveito e lucro na produção literária.
Neste trabalho não espero retorno financeiro ou pessoal. Gostaria de poder oferecê-lo gratuitamente, porém eu sei que não poderei fazê-lo. Para que o seu preço seja o menor possível, a modéstia será o padrão.
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Nosso estudo implica que você tenha uma bíblia e a use juntamente com a leitura deste livro. Assim eu não preciso inserir passagens bíblicas que apenas aumentam o seu volume.
A versão bíblica utilizada é alternada entre a “Almeida Corrigida e Revisada Fiel ao Texto Original – edição 2011” e “Almeida Revidada de acordo com os Melhores Textos em hebraico e Grego – edição 1967”. Tenha as duas em mãos, se possível, sem descartar outras.
As referências bíblicas que informo, entre parênteses, não são um adorno. Elas estão aí para te indicar de onde vem o conceito. Leia o contexto de onde elas estão. Aprenda a buscar o significado delas, nele. Ouça ao que fala fora de você, mas dedique toda a tua atenção ao que fala dentro de você. “A verdade não está lá fora”.
Por favor, leia apena um tema, ou tópico e dê uma pausa para ler o próximo. Permita um tempo para refletir no que leu. Não tenha pressa e dê uma chance para que o Espírito seja o mestre e te ensine. Coloque-se na condição de discípulo e ceda este momento a Ele. Esta é a hora da salvação, o momento do Salvador. Este não é o teu momento, o teu tempo, o teu jeito, o teu querer. Seja ausente de você para que Ele possa estar presente em você.
Nada aqui é sobre mim, sobre o que penso, sobre meus argumentos, sobre minha certeza, ou sobre a minha verdade. Quando se tratar da minha opinião ou conclusão, deixarei bem claro. Nada será sobre você, sobre o que você pensa, sobre os teus argumentos, sobre tuas certezas, ou sobre tuas verdades. Tudo aqui é sobre o nosso Deus, nosso Senhor Jesus, sobre a salvação das almas e sobre a vida eterna. Tudo aqui é para mim e para você.
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[1] Autor desconhecido.